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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Reprodução Sexuada e as suas estratégias

Diversidade de estratégias na reprodução sexuada

A reprodução sexuada só ocorre quando os gâmetas masculinos e os gâmetas femininos se encontram. No mundo vivo acontecem numerosas estratégias de reprodução permitindo o encontro dos gâmetas masculinos e femininos de indivíduos da mesma espécie, ou seja, estratégias que favorecem a fecundação.

Reproduçao sexuada nos animais

Nos animais existem estruturas onde se produzem os gâmetas que se designam por gónadas:
            - Testículos (local onde se formam os gâmetas masculinos ou espermatozóides.)
            - Ovários (local onde se formam os gâmetas femininos ou óvulos.)
Há animais em que os testículos e os ovários se encontram no mesmo indivíduo – hermafroditas.
Também existem casos em que os animais têm os sexos separados e os animai designam-se por unissexuados.

No caso dos organismos que vivem isolados, a ténia por exemplo, verifica-se autofecundação, isto é, a fecundação é efectuada através de gâmetas produzidos pelo mesmo indivíduo, tratando-se de um caso de hermafroditismo suficiente, sendo da maior importância para a continuidade da espécie.

  Ténia



Fecundação externa – efectua-se em meio líquido e sucede na maioria das espécies aquáticas, como peixes, ou em seres vivos que procuram a água para a reprodução, como a rã. Os machos e as fêmeas lançam os gâmetas para o meio aquático, onde os óvulos são fecundados pelos espermatozóides. Tem de haver sincronização entre os indivíduos.


                                                                   Rãs a efectuar
                                                                              depositaçao dos ovos


Fecundação interna – efectua-se no interior do organismo da fêmea. O macho deposita os espermatozóides no interior do sistema reprodutor da fêmea, onde ocorre a fecundação. Este tipo de fecundação é fundamental nos seres terrestres.


Fecundação interna


A aproximação dos parceiros sexuais na época da reprodução favorece a fecundação.
Na maioria das espécies, é o macho que, pelo seu comportamento, procura atrair a fêmea, realizando um complexo ritual, que constitui a parada nupcial.

Parada nupcial


Reprodução sexuada nas plantas


Nas plantas, as estruturas onde são formados os gâmetas designam-se por gametângios, havendo gametângios masculinos que produzem gâmetas masculinos e gametângios femininos que produzem gâmetas femininos.
Nas plantas também ocorre diversas estratégias que permitem o sucesso da reprodução sexuada.
Existe uma grande variedade de flores que se distinguem pela sua posição na planta, pelas dimensões, pela forma e pela coloração das pétalas.
Os órgãos reprodutores masculinos são os estames e os órgãos reprodutores femininos são os carpelos.
Os grãos de pólen produzidos nas anteras e os óvulos existentes no interior dos ovários são os intervenientes na reprodução das plantas com flor. Para que ocorra a reprodução é necessário que se verifique a polinização, isto é, que haja transporte de grãos de pólen para os órgãos femininos da mesma flor, polinização directa, ou para os carpelos de flores pertencentes a outras plantas da mesma espécie, polinização cruzada. Diversos agentes, como aves, insectos ou o vento, proporcionam a polinização.

       


Ciclos de vida

O ciclo de vida consiste numa sequência de etapas por que passa um organismo desde a formação do ovo até ao momento em que ele próprio se reproduz, através da produção de gâmetas que darão origem a um ovo.
Os ciclos de vida dos seres são condicionados pela ocorrência dos dois fenómenos complementares que os caracterizam: a meiose e a fecundação. A fecundação dá inicio a uma etapa do ciclo de vida em que as estruturas dele resultantes são constituídas por células diplóides – a diplofase. Esta fase termina na meiose, que, por sua vez, dá inicio a uma etapa do ciclo de vida caracterizada pela presença de células haplóides – a haplofase - , que termina no momento da fecundação.

Temos 3 tipos de ciclos de vida:

- Ciclo Diplonte
- Ciclo Haplodiplonte
- Ciclo Haplonte


Ciclo Diplonte






Neste ciclo, a meiose ocorre antes da formação dos gâmetas – meiose pré-gamética. Este acontecimento determina que os gâmetas sejam as únicas células da haplofase e que todas as outras estruturas, incluindo o organismo adulto, pertençam à diplofase.






Ciclo Haplonte




Neste ciclo de vida, a meiose ocorre imediatamente após a formação do ovo – meiose pós-zigótica. Isto faz com que a diplofase esteja limitada a uma célula – o ovo – e que todas as outras estruturas, incluindo o organismo adulto, pertençam à haplofase.








Ciclo Haplodiplonte

Neste ciclo de vida, a meiose ocorre antes da formação dos esporos – meiose pré-espórica. A haplofase inicia-se com os esporos que, através de mitoses sucessivas, originam estruturas pluricelulares, os gametófitos, onde se formarão os gâmetas.  
Após a fecundação, o zigoto inicia a diplofase e origina uma entidade pluricelular diplóide, que na maioria das plantas é a planta adulta.
Neste ciclo de vida, alem de uma alternância de fases nucleares (haplofase e diplofase), existe também a alternância de gerações, a geração gametófita e a geração esporófita.
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